sábado, 21 de setembro de 2013

Front Door

Não sei vocês, mas quando estou doente a carência e a sensibilidade batem na porta desesperadamente. Além da falta de Norte, as dores, tonturas e febre deixam, a cada hora, mais intensa a necessidade de ter aquele conforto ou colo de criança que nos dizia que tudo ia ficar bem.
Mas acontece que de repente temos 23 anos, e infelizmente as mesmas vozes de conforto não te confortam mais. Essas vozem ainda emitem que estão aqui pra o que der e vier. Cochicham que estão, mas nunca estiveram.
Chega de vozes.
E foi assim que fui aprendendo, com meus tropeções, a ter a quem me segurar na hora da dor. E a segurá-los quando precisarem. O amor dado lá de fora consegue ser mais puro e mais verdadeiro. Não te abandona. Te entende. E te dá aquele conforto.
Se dei mais amor lá fora, é porque tive mais resposta. E se às vezes me sinto só, é porque aqui dentro sempre estive. Mas nunca estou lá fora.
Murmuros dizem que as vozes de dentro são as mais corretas e o porto seguro está aqui. Então porque não os sinto ? A insegurança sobe, falta de fé, perspectiva. Então abro as portas e sinto novos ventos cheio daquilo que tanto me faltara.

Um comentário:

  1. Você nunca estará sozinha, muito menos eu. Nossa solidão interior pode ser domada, resta saber se você vai fazer isso.

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